
Esta manhã me impressionou, o texto que leva o título deste post, o qual faz parte do devocionário “A Bíblia Toda o Ano Todo”. A compreensão que ele tem da lei moral, eterna e imutável de Deus, contradiz e se opõe a idéia acariciada por muitos cristãos liberais, os quais vêem a lei de Deus como obsoleta e envelhecida. Como Adventista do Sétimo Dia, compartilho a visão de Stott, que vê claramente que a Nova Aliança feita por Cristo baseia-se na promessa de Deus a Abraão e Moisés e que sua principal característica é que a Lei, anteriormente escrita em tábuas de pedra, passa a ser escrita no coração de todo aquele que faz um entrega pessoal e verdadeira a Cristo.
Permitam-me compartilhar o texto integral de John Stott...
“É importante frisar que só há uma aliança da graça em toda a Bíblia, a saber, a promessa de que Deus fez a Abraão, quatro mil anos atrás, de abençoá-lo e à sua posteridade e , através deles, abençoar o mundo. Esta é a aliança que Jesus ratificou (“Este é o cálice da nova aliança no meu sangue [1 Cor. 11:25]). Ela é nova somente em relação ao monte Sinai (veja Jer. 31:32), não por si mesma, pois é tão antiga quanto Abraão. Observe os termos da nova aliança:
1. Na nova aliança a lei de Deus é colocada internamente. “Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações” (31:33). Como conseqüência, nós a compreendemos, amamos e submetemos a ela. Há um ensino estranho hoje de que os cristãos não estão mais obrigados a guardar a lei moral de Deus. Isso não é verdade. Pelo contrário, Deus escreve sua lei em nosso coração para que nos sujeitemos a ela.
2. Na nova aliança o conhecimento de Deus é universal. “Ninguém mais ensinará ao seu próximo nem ao seu irmão dizendo: ‘Conheça ao Senhor’, porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior”, diz o Senhor (v. 34). Essa universalidade inclui os gentios e o “sacerdócio de todos os crentes”. Ou seja, na comunidade da aliança de Jesus Cristo, não há hierarquia de privilégios, todos tem igual acesso a Deus através de Cristo.
3. Na nova aliança o perdão de Deus é eterno. “Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados” (v. 34). Certamente havia perdão no Antigo Testamento (cf. Sl 32:1-2), porém os sacrifícios deveriam ser oferecidos continuamente. O Senhor Jesus Cristo, no entanto, ofereceu um sacrifício único pelos nossos pecados, para sempre. E firmado em sua obra consumada, Deus não se lembra mais de nossos pecados.
Assim, essas são as inestimáveis bênçãos da nova aliança: uma lei interna, um conhecimento universal de Deus e um perdão eterno.